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O Governo de Minas Gerais reacendeu uma polêmica discussão ao incluir uma praça de pedágio na BR-356, conforme edital de concessão publicado recentemente. A medida gerou intenso debate sobre os impactos socioeconômicos na região metropolitana de Belo Horizonte, especialmente considerando o intenso fluxo diário de pessoas entre os municípios.
A proposta encontra resistência significativa na Assembleia Legislativa, onde deputados estaduais iniciaram a tramitação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa proibir a instalação de pedágios na região metropolitana. Esta pauta tem unido parlamentares de diferentes espectros políticos, evidenciando a complexidade da questão.
O debate sobre a instalação do pedágio na BR-356 levanta preocupações importantes:
* A região metropolitana de Belo Horizonte caracteriza-se por intenso deslocamento intermunicipal, com cidadãos que dependem do acesso a serviços essenciais como saúde, educação e trabalho em diferentes municípios.
* A ausência de alternativas eficientes de transporte público na região metropolitana torna a situação ainda mais crítica, podendo resultar em limitações ao direito de ir e vir da população.
* O impacto financeiro no orçamento das famílias, já pressionado pela inflação, e nos custos operacionais das empresas locais representa uma preocupação adicional.
Especialistas apontam que, embora existam exemplos de pedágios metropolitanos em outras partes do mundo, estes casos ocorrem em contextos diferentes de mobilidade urbana. A implementação dessa cobrança em Minas Gerais pode gerar consequências negativas para o desenvolvimento socioeconômico da região.
O cenário atual demanda que autoridades considerem alternativas para minimizar os impactos negativos, como a possibilidade de tarifas diferenciadas, isenções para moradores locais e investimentos em transporte coletivo. O desenvolvimento da infraestrutura é necessário, mas precisa ser planejado de forma a não comprometer a economia e qualidade de vida da população.
