A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro relacionada à suposta falsificação de certificados de vacinação contra a covid-19.
O pedido de arquivamento foi apresentado pela PGR nesta quinta-feira (27), apenas um dia após o STF decidir abrir um julgamento contra Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado. A investigação sobre os cartões de vacinação estava focada em supostas adulterações nos registros de imunização do ex-presidente, sua esposa e sua filha menor de idade em 2022.
A decisão da PGR baseou-se na insuficiência de provas, uma vez que a investigação estava fundamentada “somente” no depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid havia alegado que o então presidente o instruiu a criar registros falsos de imunização.
Paulo Cunha, um dos advogados do ex-presidente, declarou que o arquivamento do caso “era a única providência adequada em uma investigação que era vazia de qualquer elemento, ainda que pífio, de prova”.
A PGR fez questão de ressaltar que este caso “difere substancialmente” da investigação sobre tentativa de golpe, onde, segundo o órgão, “provas convincentes autônomas foram produzidas pela Polícia Federal, em confirmação dos relatos do colaborador”.
Vale destacar que Bolsonaro, que já está inelegível até 2030, mantém suas aspirações políticas para as eleições presidenciais de 2026, especialmente diante do atual cenário de queda de popularidade do presidente Lula.