A oposição realiza neste domingo (16) uma manifestação em Copacabana, Rio de Janeiro, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ato, que tem como principais bandeiras a defesa do projeto de lei da anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023 e protestos contra o governo Lula, espera reunir cerca de 1 milhão de pessoas.
O evento, financiado pelo pastor Silas Malafaia, representa a primeira aparição pública de Bolsonaro após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta tentativa de golpe. A manifestação foi centralizada no Rio de Janeiro, com o cancelamento de atos previstos em outras capitais, visando concentrar força política em um único local.
Pontos principais do ato:
* A manifestação conta com a participação de importantes figuras políticas, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto
* Os filhos do ex-presidente, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), também participam do evento, assim como o governador do Rio, Cláudio Castro (PL)
* Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher, não comparecerá ao ato devido a um procedimento estético, embora tenha sido uma das principais figuras na convocação da população através das redes sociais
O ex-presidente Bolsonaro já antecipou que seu discurso focará exclusivamente no PL da Anistia, considerado prioridade pelo partido. O senador Flávio Bolsonaro classificou o ato como “o mais importante movimento pelo resgate da democracia no Brasil”.
A manifestação ocorre em um momento crucial para Bolsonaro, que enfrentará julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nos dias 25 e 26 de março, quando será decidido se ele se tornará réu. Vale ressaltar que o ex-presidente já se encontra inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023.
A escolha da orla de Copacabana como local do ato único tem como objetivo demonstrar expressiva mobilização popular, sinalizando a manutenção da força política de Bolsonaro, mesmo diante dos recentes desafios jurídicos enfrentados pelo ex-presidente.