A atividade econômica brasileira apresentou crescimento no primeiro mês de 2025, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (17 de março). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou alta de 0,9% em janeiro em comparação ao mês anterior, considerando os dados dessazonalizados.
O indicador atingiu 154,6 pontos em janeiro, apresentando um crescimento expressivo de 3,6% em relação ao mesmo período de 2024, sem ajuste sazonal. No acumulado de 12 meses, o índice manteve-se positivo com alta de 3,8%.
O IBC-Br é um importante instrumento para avaliar a evolução da atividade econômica nacional, auxiliando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC nas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente estabelecida em 13,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de diversos setores econômicos, incluindo indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
A Selic desempenha papel fundamental como principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Em fevereiro, a inflação oficial, medida pelo IPCA, registrou 1,31%, impulsionada principalmente pela alta da energia elétrica. No acumulado de 12 meses, o IPCA soma 5,06%, ultrapassando o teto da meta de 3%.
O Copom já sinalizou nova elevação da taxa Selic para 14,25% ao ano na próxima reunião, representando o quarto aumento consecutivo e consolidando um ciclo de contração na política monetária. Esta decisão é influenciada pela alta do dólar e incertezas relacionadas à inflação e economia global.
É importante ressaltar que o IBC-Br utiliza metodologia diferente da empregada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), indicador oficial da economia brasileira divulgado pelo IBGE. Em 2024, o PIB brasileiro cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão e registrando o maior crescimento desde 2021, quando alcançou 4,8%.