O Tesouro Nacional divulgou nesta terça-feira que a dívida pública federal (DPF) alcançou R$ 7,31 trilhões ao final de 2024, registrando um aumento de 12,2% em comparação com 2023, quando o valor era de R$ 6,5 trilhões. O resultado está alinhado com as projeções do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2024, que estabelecia uma meta entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
A DPF, que engloba as dívidas interna e externa, é contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, quando os gastos superam a arrecadação. O endividamento pode ocorrer através da emissão de títulos públicos ou por contratos.
Pontos principais do relatório:
* A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) apresentou crescimento de 1,51% em dezembro, atingindo R$ 6,967 trilhões
* A Dívida Pública Federal externa (DPFe) aumentou 2,48% no mesmo período, totalizando R$ 349,19 bilhões
* O PAF 2025 projeta que o estoque da DPF ficará entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões ao final do ano
O Tesouro Nacional também apresentou novas metas para 2025, incluindo ajustes na composição da dívida. Para os títulos vinculados à taxa Selic, a previsão é de uma participação entre 48% e 52% do total, superior aos 46,3% registrados em 2024.
O subsecretário da Dívida Pública, Daniel Leal, comentou sobre a estabilidade do custo da dívida: “Demora um pouco para (a dívida) reagir a esse aumento de custo, seja pelo aumento da participação das LFTs, seja pela própria subida da Selic”.
Quanto aos títulos prefixados, o PAF 2025 estabelece uma meta entre 19% e 23% do estoque da dívida, enquanto para os papéis atrelados ao IPCA, a previsão é de 24% a 28%. Em 2024, esses índices ficaram em 22% e 27%, respectivamente.