Macron e Trump retomam relação em busca por resolução na Ucrânia

Macron e Trump retomam relação em busca por resolução na Ucrânia

Presidentes francês e americano demonstram proximidade em encontro sobre Ucrânia, mas mantêm divergências em temas importantes

Emmanuel Macron e Donald Trump protagonizaram um encontro marcado por demonstrações públicas de afeto e algumas tensões durante reunião sobre a Ucrânia nesta segunda-feira (24). O presidente francês e seu colega americano retomaram a proximidade característica do primeiro mandato de Trump (2017-2021), em um encontro que misturou cordialidade e divergências.

Durante a reunião no Salão Oval, os presidentes trocaram gestos de amizade, mas também tiveram momentos de discordância. Em um episódio notável, Macron interrompeu Trump quando este fazia afirmações imprecisas sobre o apoio europeu à Ucrânia. “Não, de fato, para ser franco”, disse Macron, tocando o braço de Trump, “pagamos 60% do esforço total e foram, como nos Estados Unidos, empréstimos, garantias, subvenções”.

Momentos marcantes do encontro:

* Trump demonstrou admiração por Macron, chamando-o de “astuto” após compartilhar uma anedota sobre um jantar na Torre Eiffel com suas esposas, onde, segundo ele, não havia intérprete e ele apenas balançava a cabeça em concordância.

* Durante a coletiva de imprensa conjunta, os presidentes trocaram diversos apertos de mão e elogios mútuos. Macron destacou a “amizade de seu primeiro mandato”, enquanto Trump elogiou a restauração da catedral de Notre-Dame.

* A relação entre os líderes tem uma história peculiar, começando com um memorável aperto de mãos em Bruxelas em 2017, quando um Macron mais jovem manteve o aperto firme até Trump ser forçado a soltá-lo.

Apesar da proximidade demonstrada, a história mostra que nem sempre a cordialidade resultou em acordos práticos. Durante o primeiro mandato de Trump, Macron não conseguiu convencê-lo a permanecer no acordo climático de Paris nem no pacto nuclear com o Irã.

O jornalista britânico Piers Morgan, amigo próximo de Trump, comentou na rede social X que “nenhum líder mundial trata Trump tão bem quanto Macron. É amistoso, mas firme. Respeitoso, mas não tem medo de enfrentá-lo quando pensa que está equivocado. E Trump o respeita por isso”.

A retomada desta relação diplomática peculiar ganhou novo impulso após a vitória de Trump nas eleições de novembro de 2024, com Macron buscando restabelecer os laços, inclusive convidando o americano para a reabertura da catedral de Notre-Dame em dezembro.

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