Fabíola Kathleen Santos Guimaraes Lelis, de 25 anos, foi presa no bairro Paraíso, zona Leste de Belo Horizonte. Apontada como esposa de Rafael Carlos da Silva Ferreira, conhecido como “Parazão”, líder do tráfico na Cabana do Pai Tomás e membro do TCP (Terceiro Comando Puro) em Minas, ela é suspeita de participar ativamente do braço financeiro da organização criminosa.
A prisão ocorreu após uma sequência de eventos que começou durante a operação Êxodo, realizada pelo GAECO em conjunto com a Polícia Civil:
* Fabíola Kathleen inicialmente fugiu durante a execução da operação Êxodo
* Posteriormente, apresentou-se à Justiça quando sua defesa conseguiu converter a detenção em prisão domiciliar
* Um novo mandado de prisão preventiva determinou sua condução ao sistema prisional de Minas Gerais
A investigação revelou que Fabíola Kathleen teria realizado gastos expressivos com recursos supostamente provenientes do tráfico de drogas:
* Aproximadamente R$ 60 mil foram destinados a procedimentos estéticos num período de 3 anos
* Mais de R$ 31 mil foram gastos na festa de aniversário de sua filha em 2023
As autoridades apontam que Fabíola Kathleen estava envolvida em diversas atividades da organização criminosa, incluindo lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e ações assistencialistas do grupo.
Um aspecto adicional da investigação envolve sua suposta conexão com o sargento Charles Henrique Squarcio, lotado no Gaeco, que é suspeito de fornecer informações privilegiadas à facção criminosa. Há suspeitas de que o sargento possa ter auxiliado em sua fuga durante a Operação Êxodo, conforme evidenciado por conversas entre ambos, obtidas com exclusividade pela reportagem da Itatiaia.
A prisão de Fabíola Kathleen representa um importante avanço nas investigações sobre as operações financeiras do TCP em Minas Gerais.