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O debate sobre o uso de gramados sintéticos no futebol brasileiro ganhou novo capítulo com a lembrança de uma polêmica declaração de Dunga em 2013. Na época, quando era técnico do Internacional, ele já alertava sobre os riscos desse tipo de campo, antecipando uma discussão que voltou à tona com manifestações recentes de jogadores renomados.
A declaração emblemática de Dunga, “Se o gramado fosse bom, a vaca comia”, foi feita quando ele se recusou a comandar um treino do Internacional no Estádio Passo D”Areia, em Porto Alegre, devido às condições do gramado sintético. O treinador justificou sua decisão alertando sobre o risco de lesões: “Este piso é diferente. Se você pegar campos onde se usa muito isso vai ver a reincidência de lesões. Aí você vai ver a diferença”.
Doze anos após o posicionamento de Dunga, diversos atletas de destaque do futebol brasileiro manifestaram preocupações similares. Na última terça-feira (18), jogadores como Neymar, Lucas Moura, Philippe Coutinho, Gerson, Gabigol, Dudu, Thiago Silva, Pablo Vegetti e Alan Patrick expressaram publicamente suas críticas ao uso desse tipo de gramado.
Atualmente, o Campeonato Brasileiro conta com três estádios que utilizam grama completamente sintética:
* Allianz Parque, casa do Palmeiras
* Arena da Baixada, estádio do Athletico-PR
* Nilton Santos, campo do Botafogo
Além disso, alguns estádios importantes do futebol brasileiro adotaram o sistema híbrido, que combina grama natural com sintética. Entre eles estão a Neo Química Arena, casa do Corinthians, e o Maracanã, principal palco do futebol carioca.
