O cenário das ruas de Belo Horizonte tem apresentado uma mudança significativa nos últimos anos, com um aumento expressivo no número de pessoas em situação de vulnerabilidade. Segundo dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, houve um crescimento de 48% nessa população, passando de 9.700 pessoas em 2018 para 14.361 em 2025.
A realidade dessas pessoas é marcada por diversos obstáculos no acesso a serviços básicos, especialmente devido a questões burocráticas.
Cristina Bovi, coordenadora da Pastoral Nacional do Povo de Rua, destaca a importância do suporte integral: “Quando a pessoa sai, é muito difícil se não tem um suporte, porque é um público que está excluído na cidade, mas que tem, deseja e precisa de políticas públicas em todas as áreas”.
A agente social Thais Nonato, de 55 anos, ressalta a necessidade de uma abordagem mais humanizada: “O ser humano hoje em dia, principalmente dentro de política pública, precisa ser olhado não como ele está, mas porque ele está nessa situação”.
A Prefeitura de Belo Horizonte afirma manter uma rede de atendimento intersetorial que inclui diversos serviços:
* Restaurantes populares com refeições acessíveis
* Abrigos para pernoite e higiene pessoal
* Bebedouros públicos e distribuição de água
* Programas de reinserção no mercado de trabalho
* Iniciativas de retorno aos estudos
O poder público municipal destaca que estas ações fazem parte de um sistema integrado de atendimento às pessoas em situação de rua, visando não apenas o suporte imediato, mas também a reintegração social desses cidadãos.