O Banco Central do Brasil revelou, através da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que as projeções indicam um provável estouro da meta contínua do IPCA em junho deste ano. Esta situação representa um desafio significativo para a política monetária nacional.
De acordo com o documento, a inflação acumulada em doze meses deve permanecer acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta pelos próximos seis meses consecutivos. Este cenário é particularmente preocupante considerando a nova sistemática do regime de metas.
* Os preços dos alimentos apresentaram elevação significativa, influenciados pela estiagem e pelo aumento nos preços das carnes, afetado pelo ciclo do boi
* O movimento recente do câmbio tem pressionado preços e margens dos bens industrializados, sugerindo maiores aumentos nos próximos meses
* A inflação de serviços continua acima do nível compatível com o cumprimento da meta, apresentando aceleração nas observações mais recentes
O BC destacou que “Foi destacado, na análise de curto prazo, que, em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em doze meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”.
Com a implementação do sistema de meta contínua de inflação em 2024, o cumprimento da meta é avaliado com base na inflação acumulada em 12 meses. A meta estabelecida é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.