Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, advogado criminalista e aliado histórico do PT, surpreendeu ao fazer duras críticas ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva em texto que circulou entre grupos de políticos e aliados governistas. O advogado, integrante do grupo Prerrogativas, apontou um cenário preocupante de isolamento do presidente.
Em um momento em que a aprovação do governo atingiu seu menor índice histórico, com apenas 24% segundo pesquisa Datafolha, Kakay expôs preocupações sobre a atual gestão e a capacidade de articulação política do presidente.
* O advogado relembrou um episódio significativo em sua residência, após a diplomação presidencial, quando Lula comentou sobre um futuro ministro: “Este jamais será meu ministro e acha que vai ser”. O político em questão acabou sendo nomeado em 1º de janeiro.
* Kakay destacou que “o Lula do terceiro mandato, por circunstâncias diversas, políticas e principalmente pessoais, é outro. Não faz política. Está isolado. Capturado”.
* Em sua análise, o criminalista ressaltou que o presidente “não tem ao seu lado pessoas com capacidade de falar o que ele teria que ouvir” e que “não recebe mais os velhos amigos políticos”.
O texto também aborda comparações com governos anteriores, destacando a capacidade de articulação política que Lula demonstrava em seus mandatos anteriores. Kakay menciona que políticos têm relatado dificuldades para conseguir audiências com o presidente.
Sobre o futuro político, o advogado manifestou preocupação com o crescimento da extrema direita e alertou sobre os riscos para as eleições de 2026. Ele destacou Fernando Haddad como “o mais fenomenal político desta geração em termos de preparo”, classificando-o como “um gênio preparado e pronto para assumir seu papel”.
Em sua conclusão, Kakay demonstrou apreensão quanto ao isolamento do presidente e sua atual capacidade de articulação política, especialmente considerando o cenário de queda na aprovação do governo e os desafios futuros para a sucessão presidencial.