O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, enfrenta uma nova e mais intensa tentativa de prisão por acusações de insurreição. A situação se intensificou após um investigador sênior prometer fazer o necessário para romper o bloqueio de segurança e efetuar a prisão do líder.
O caso ganhou novos contornos depois que um tribunal emitiu um segundo mandado de prisão na terça-feira, levando a manifestações tanto de apoiadores quanto de opositores nas proximidades do complexo presidencial, mesmo sob temperaturas congelantes.
* O Serviço de Segurança Presidencial (PSS) reforçou a segurança do complexo com arame farpado e barricadas utilizando ônibus para bloquear o acesso à residência, localizada em uma área nobre conhecida como a “Beverly Hills da Coreia”.
* Oh Dong-woon, chefe do Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão (CIO), pediu desculpas publicamente por não ter conseguido prender o presidente na semana anterior, após um impasse de seis horas com centenas de agentes armados do PSS.
* O presidente interino Choi Sang-mok solicitou às autoridades que “façam o possível para evitar ferimentos aos cidadãos ou conflitos físicos entre as agências governamentais” durante a execução do mandado.
A defesa de Yoon Suk Yeol, através de seu advogado Yoon Kab-keun, argumenta que o mandado de prisão é inválido por ter sido emitido por um tribunal de jurisdição incorreta. Além disso, contestam a legitimidade da equipe de investigação formada para investigar o presidente em exercício.
O advogado também refutou rumores de que Yoon teria fugido da residência oficial, classificando-os como “rumores maliciosos” com intuito difamatório, afirmando ter se encontrado com o presidente na terça-feira.
Especialistas avaliam diferentes cenários para a execução do mandado. O professor Lee Yung-hyeock, da Universidade Konkuk, sugere uma abordagem que vai além do uso da força, incluindo uma “guerra cognitiva” para persuadir os agentes do PSS sobre possíveis consequências pessoais e profissionais de suas ações.
A população se divide nas manifestações. Lee Jae-eun, 25 anos, representa aqueles que exigem a prisão imediata de Yoon, enquanto Chung Woo-jae, também de 25 anos, defende que “o presidente Yoon foi eleito pelo nosso país, pelo povo desta nação por direito, e ele merece toda a proteção até que se prove sua culpa”.