Donald Trump está gerando preocupações globais com suas promessas de protecionismo comercial e ameaças de imposição de tarifas contra diversos países, caso retorne à presidência dos Estados Unidos. As medidas propostas têm potencial para desencadear novas guerras comerciais e impactar significativamente a economia mundial.
O ex-presidente americano estabeleceu uma série de condições e ameaças tarifárias direcionadas a diferentes nações:
* Promete impor tarifas sobre México, Canadá e China caso não adotem medidas contra o fentanil e a imigração irregular
* Ameaçou usar “poder econômico” contra o Canadá após sugerir que o país deveria se tornar o 51º estado americano
* Alertou os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre possíveis tarifas de 100% caso ameacem a hegemonia do dólar
* Planeja implementar uma tarifa generalizada de 10% ou mais sobre produtos chineses
Durante seu primeiro mandato, Trump já havia implementado diversas tarifas, incluindo sobre aço, alumínio e importações chinesas. Em 2019, impôs uma tarifa de 25% sobre alimentos e bebidas europeus, que foi suspensa em 2021.
Além das tarifas, Trump planeja desregulamentar, reduzir impostos e expulsar milhões de imigrantes ilegais. Scott Bessent, seu futuro secretário do Tesouro, argumenta que as tarifas não teriam efeito inflacionário, embora admita “um possível ajuste de preços”.
A Oficina Orçamentária do Congresso (CBO) analisou dois cenários: uma tarifa geral de 10% e uma adicional de 50% sobre produtos chineses, concluindo que as medidas reduziriam tanto o déficit público quanto o PIB. Erica York, da Tax Foundation, alerta que o impacto a longo prazo enfraqueceria a economia americana e reduziria a renda da população.