O TikTok interrompeu suas operações nos Estados Unidos neste domingo (19), em conformidade com a legislação que exige a venda da plataforma para um acionista não-chinês por questões de segurança nacional. A suspensão afeta aproximadamente 170 milhões de usuários americanos.
A plataforma enviou mensagens aos usuários informando sobre a interrupção temporária dos serviços: “Uma lei que proíbe o TikTok foi promulgada nos EUA. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok por enquanto”. A mensagem também menciona uma possível solução: “Temos a sorte de o presidente Trump ter indicado que trabalhará conosco em uma solução para restabelecer o TikTok assim que assumir o cargo. Fique atento”.
* A lei contra o aplicativo foi assinada em abril de 2024 pelo presidente Joe Biden, com apoio bipartidário no Congresso
* A legislação determina que o TikTok deve ser vendido para um investidor de um país que não seja considerado “adversário” dos EUA
* A ByteDance, empresa controladora chinesa do TikTok, recusa-se a vender sua operação americana
* A Suprema Corte americana manteve a decisão que permite a suspensão do aplicativo
* Os usuários não receberão mais atualizações e não poderão baixar o aplicativo enquanto a suspensão estiver em vigor
O conflito em torno do TikTok não é recente. Durante seu primeiro mandato, Trump já havia assinado um decreto-lei contra o aplicativo e o WeChat, outro app chinês, com intuito de bloqueá-los no país. A ByteDance argumenta que a proibição viola a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão.
Trump manifestou-se sobre a situação através da Truth Social: “A decisão da Suprema Corte era esperada, e todos devem respeitá-la. Minha decisão sobre o TikTok será tomada em um futuro não muito distante, mas preciso ter tempo para analisar a situação”.
A resolução final sobre o destino da plataforma ficará nas mãos do presidente eleito Trump, que assumirá o cargo nesta segunda-feira, após Biden optar por não executar a suspensão durante seu mandato.