Secretário-adjunto de Segurança de Osasco é morto por guarda civil na prefeitura

Secretário-adjunto de Segurança de Osasco é morto por guarda civil na prefeitura

Justiça decreta prisão preventiva de guarda civil que assassinou secretário-adjunto após descobrir mudanças em sua escala de trabalho

A Justiça de São Paulo decretou nesta terça-feira (7 de janeiro) a prisão preventiva de Henrique Marival de Souza, guarda civil que assassinou o secretário-adjunto de Segurança de Osasco, Adilson Custódio Moreira, na sede da prefeitura. O crime ocorreu durante uma reunião para discutir mudanças nas escalas de trabalho da corporação.

O incidente aconteceu após uma reunião que tinha como objetivo discutir o trabalho da corporação no novo governo. Henrique Marival se entregou às autoridades na noite de segunda-feira (6), sendo apreendidas com ele uma pistola .40 e uma arma de brinquedo.

Cronologia do crime

* A reunião iniciou-se com vários agentes presentes, em um ambiente descrito como amistoso pelo comandante da GCM, Erivan Gomes. O secretário-adjunto conversava individualmente com cada agente, definindo funções.

* Ao final do encontro, permaneceram apenas Marival e mais um colega na sala. Segundo relatos, o clima ainda estava tranquilo até aquele momento.

* A situação mudou quando Marival questionou as alterações em sua escala: “Por que dessa mudança? Por que tem que mudar?”, conforme relatado por uma testemunha.

* O secretário-adjunto tentou se levantar quando Marival efetuou os disparos e se trancou dentro da sala, impedindo o acesso de outras pessoas.

Negociação e rendição

Durante as duas horas em que ficou trancado na sala, Marival demonstrou sinais de instabilidade emocional. Em um momento da negociação, declarou: “Aqui só tem eu, o Moreira e o demônio”.

O comandante Erivan Gomes revelou que Henrique Marival, de 46 anos, casado e pai de duas filhas, estava na corporação desde 2015 e realizava serviços administrativos há cerca de um ano. A mudança em questão envolvia seu retorno ao serviço de rua, alterando seu horário de trabalho de segunda a sexta (8h às 17h) para uma escala de 12 por 36 horas.

Conforme informado pelo comando da GCM, todos os agentes passam por avaliação psicotécnica a cada dois anos, e Marival estava em dia com essa exigência. A corporação conta com um setor psicossocial composto por dois psicólogos e dois assistentes sociais.

O guarda civil se entregou por volta das 19h30 e foi conduzido à Delegacia Seccional de Osasco, onde teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia realizada na manhã seguinte.

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