A Comissão Europeia reagiu fortemente às declarações do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, que acusou o bloco europeu de institucionalizar a censura nas redes sociais. A manifestação ocorreu após o anúncio do fim do sistema de checagem de fatos no Facebook e Instagram nos Estados Unidos.
Um porta-voz da Comissão Europeia enfatizou que as regulamentações do bloco não impedem a publicação de conteúdos que estejam em conformidade com a lei. Em resposta direta às acusações de Zuckerberg, feitas na terça-feira (7), o representante esclareceu a posição oficial do órgão regulador europeu.
Em relação à decisão da Meta de encerrar o sistema de verificação de fatos nas plataformas nos Estados Unidos, a Comissão alertou que qualquer medida semelhante no território europeu exigirá uma avaliação prévia de riscos. O porta-voz destacou que esta análise deverá ser submetida às autoridades competentes do continente antes de qualquer implementação.
A tensão entre a Meta e os reguladores europeus reflete um debate mais amplo sobre a moderação de conteúdo nas redes sociais e o papel das empresas de tecnologia na gestão da desinformação. A decisão da empresa tem gerado preocupações entre especialistas sobre o potencial aumento da disseminação de informações falsas nas plataformas.