O Brasil alcançou uma posição histórica ao ter os dois recordistas mundiais de longevidade. Inah Canabarro Lucas, com 116 anos, e João Marinho Neto, com 112 anos, foram reconhecidos como as pessoas mais velhas do mundo em suas respectivas categorias, segundo o LongeviQuest, entidade que monitora supercentenários globalmente.
Inah Canabarro Lucas assumiu o posto após o falecimento da japonesa Tomiko Itooka, de 117 anos, em 29 de dezembro. Natural de São Francisco de Assis, Rio Grande do Sul, a freira nascida em 8 de junho de 1908 construiu uma vida dedicada à religião e à educação.
* Aos 16 anos, iniciou sua vida religiosa no internato Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento (RS)
* Em dezembro de 1928, tornou-se freira em Montevidéu, Uruguai
* Retornou ao Brasil em 1930, estabelecendo-se no Rio de Janeiro, onde atuou como professora de português e matemática em uma escola na Tijuca
* Na década de 1940, voltou a Santana do Livramento, continuando sua carreira docente
* É a vigésima pessoa mais velha nos registros históricos
* Recebeu uma bênção apostólica do papa Francisco ao completar 110 anos em 2018
* Tornou-se a pessoa mais idosa da América Latina e da América do Sul em 2022
* É a segunda freira mais velha da história, superada apenas pela francesa Lucile Randon
João Marinho Neto, nascido em 1912 em Maranguape (CE), foi reconhecido pelo Guinness World Records como o homem mais velho do mundo em 2024. Sua vida foi marcada pelo trabalho na agricultura desde os 4 anos de idade, cultivando milho e feijão, além de criar gado em sua Fazenda Massapê.
O agricultor cearense teve sete filhos ao longo da vida, sendo quatro com sua primeira esposa, Josefa Albano dos Santos (1920-1994), e três com Antonia Rodrigues Moura. Atualmente, possui seis filhos vivos, 22 netos, 15 bisnetos e três tataranetos.
Ambos os supercentenários brasileiros testemunharam momentos históricos significativos, incluindo guerras mundiais, avanços tecnológicos e pandemias. Durante a crise da COVID-19, Inah Canabarro foi uma das primeiras idosas a receber a vacina em 2021, e mesmo após contrair a doença durante uma hospitalização, conseguiu se recuperar.