O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira que os preços ao produtor no Brasil registraram uma aceleração significativa em novembro, atingindo 1,23% de alta. O aumento foi impulsionado principalmente pelo setor de alimentos, que manteve sua tendência de crescimento pelo oitavo mês consecutivo.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) demonstrou uma elevação considerável em comparação com outubro, quando registrou alta de 0,97%. O acumulado em 12 meses alcançou 7,59%, representando o maior patamar desde setembro de 2022.
Das 24 atividades industriais analisadas pelo IBGE, 18 apresentaram variações positivas em seus preços quando comparadas ao mês anterior. O setor de alimentos liderou as influências com alta de 2,09%, contribuindo com 0,53 ponto percentual no índice geral.
Alexandre Brandão, gerente do IPP, explicou os múltiplos fatores por trás do aumento nos preços dos alimentos: “O aumento dos preços de alimentos tem muitos fatores. A desvalorização do real… é um deles. Mas existem ainda questões climáticas, tanto internas quanto externas, como é o caso da produção de café no Vietnã, prejudicada ao longo do ano. Há também um aquecimento da demanda, em decorrência da melhora no mercado de trabalho”.
Outros setores que exerceram influência significativa no resultado de novembro incluem:
* Metalurgia, com impacto de 0,24 ponto percentual e variação de 3,62%
* Indústrias extrativas, contribuindo com 0,09 ponto percentual
* Refino de petróleo e biocombustíveis, também com 0,09 ponto percentual
O IPP, que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem considerar impostos e frete, também registrou destaques em outros equipamentos de transporte (2,74%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,56%) e fumo (2,41%).