Governadores criticam vetos de Lula em projeto da dívida

Governadores criticam vetos de Lula em projeto da dívida

Chefes do Executivo de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás manifestam insatisfação com decisão presidencial sobre renegociação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta críticas de quatro governadores após vetar partes importantes do projeto de lei que renegocia as dívidas dos Estados com a União. Os governadores Romeu Zema (Minas Gerais), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e Ronaldo Caiado (Goiás), que representam cerca de 90% do total de R$ 765 bilhões devidos à União, manifestaram forte insatisfação com a decisão presidencial.

Entre os principais pontos de contestação dos governadores estão:

* Cláudio Castro afirmou que Lula “mutilou” a proposta e classificou a decisão como “um duro golpe para o país”, argumentando que houve uma “quebra de acordo” estabelecido entre o Ministério da Fazenda e líderes no Congresso Nacional.

* Eduardo Leite expressou “extrema preocupação e indignação”, destacando que os vetos causarão um prejuízo de aproximadamente R$ 5 bilhões ao Rio Grande do Sul, afetando investimentos para reconstrução após as enchentes de 2024.

* Ronaldo Caiado manifestou preocupação com a redução do espaço no teto de gastos e a impossibilidade de usar o Fundo de Desenvolvimento Regional para abater a dívida estadual.

* Romeu Zema alegou que os vetos resultarão em prejuízo de R$ 5 bilhões para Minas Gerais entre 2025 e 2026, criticando os gastos do governo federal.

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, autor do projeto, defendeu a sanção presidencial e destacou os benefícios do programa, como a possibilidade de zerar juros e alongar a dívida por 30 anos. O texto sancionado mantém pontos importantes como a federalização de estatais e o uso de recebíveis de exploração de recursos naturais para abater as dívidas.

Os governadores já articulam com suas bancadas no Congresso Nacional para derrubar os vetos presidenciais. A decisão, se aprovada pela maioria dos deputados e senadores, é soberana sobre a do presidente.

O Programa de Pleno Pagamento (Propag) estabelece condições especiais para o pagamento das dívidas estaduais, incluindo a possibilidade de zerar a taxa de juros de 4% mediante contrapartidas dos Estados. O programa permite renegociar a dívida em parcelas mensais por até 30 anos, com condições específicas para cada estado.

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