Balsa segue sem operar após queda da ponte entre MA e TO

Balsa segue sem operar após queda da ponte entre MA e TO

Atrasos na documentação e problemas técnicos impedem início da travessia entre Tocantins e Maranhão após desabamento que deixou 12 mortos

A travessia entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) continua interrompida após o desabamento da Ponte JK, ocorrido em 22 de dezembro de 2024. O acidente resultou em 12 mortes confirmadas e cinco pessoas ainda estão desaparecidas. A alternativa proposta pelo governo do Tocantins, o serviço de balsas, enfrenta atrasos devido a pendências documentais e técnicas.

A empresa Pipes Navegações, indicada para realizar o serviço, ainda não apresentou a documentação necessária à Marinha do Brasil. Segundo a empresa, as licenças e autorizações são responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A Marinha afirma que priorizará a instalação das balsas, mas ressalta que as normas de segurança não podem ser negligenciadas.

Desafios Técnicos e Operacionais

* A implementação do serviço enfrenta diversos obstáculos, incluindo a necessidade de construção de rampas de acesso em ambas as margens do rio Tocantins
* É necessária a instalação de atracadouros para garantir a estabilidade durante embarque e desembarque
* A empresa deve providenciar área de espera segura para passageiros, que não poderão permanecer nos veículos durante a travessia
* O período chuvoso e os feriados de fim de ano dificultaram o processo de implantação

O proprietário da Pipes Navegações, Pedro Iran, declarou em conversa com o governador Wanderlei Barbosa: “Eu tô preparanto uma [balsa] aqui pra descer até acima da barragem. Vai arrumar um porto lá pra começar a funcionar. Não vai 20 dias pra nós estarmos com ela rodando”.

Impacto Econômico

O desabamento da Ponte JK tem causado sérios prejuízos econômicos na região. Em Aguiarnópolis, postos de combustível registraram queda drástica nas vendas, de 70 mil para menos de 10 mil litros diários. Segundo Thiago Silva Barros, gerente de posto local: “Hoje basicamente a gente atende prefeitura, os moradores da cidade e alguns moradores da região, então é uma situação bem complicada, né. Consequentemente o quadro também foi reduzido”.

As buscas pelas vítimas continuam, enfrentando desafios como profundidade e baixa visibilidade. A força-tarefa inclui equipes da Marinha, Corpo de Bombeiros do Tocantins, Maranhão, Distrito Federal e São Paulo, utilizando tecnologias como drones, robôs e câmara hiperbárica.

A situação permanece sem previsão concreta para normalização, enquanto autoridades e empresa responsável trabalham para resolver as pendências técnicas e documentais necessárias para o início da operação das balsas.

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