A Prefeitura de Belo Horizonte deu um passo decisivo para a construção de novos conjuntos habitacionais no bairro Castelo, região da Pampulha, ao assinar contratos com a Caixa Econômica Federal nesta quarta-feira (29 de janeiro). O projeto, que prevê 384 moradias populares, enfrenta resistência dos moradores locais, que tentaram impedir a construção plantando espécies protegidas por lei na área.
Os novos empreendimentos serão divididos em dois residenciais:
* O Residencial Conceição Augsten, localizado na Rua Conceição Augsten esquina com Rua Desembargador José Burnier, contará com 200 unidades habitacionais
* O Residencial Comendador Wigg II, situado na Rua Castelo da Beira esquina com Rua Castelo Setúbal, terá 184 apartamentos
Em uma tentativa de preservar a área verde do bairro, moradores iniciaram em junho de 2024 o plantio de dezenas de mudas de pequi, palmeira-imperial e ipê-amarelo, espécies protegidas pela legislação ambiental que não podem ser removidas após seis meses do plantio. Os residentes argumentam que a construção eliminaria uma das últimas áreas verdes do bairro e sobrecarregaria uma região já carente de serviços básicos.
O prefeito em exercício, Álvaro Damião (União Brasil), minimizou as preocupações durante a assinatura do contrato. “Quando a pessoa fica sabendo que vai ser construída construído três conjuntos habitacionais, 500 casas aproximadamente no bairro onde ela mora, ela quer saber como que vai ser a infraestrutura para receber tudo isso. A gente deixou bem claro para todos os moradores, para toda a região, que toda a infraestrutura necessária será fornecida pela prefeitura, a que tem hoje será mantida e melhorada muito mais para poder receber todas essas casas”, afirmou.
O projeto conta com investimento municipal de R$ 16,4 milhões para infraestrutura interna e externa dos condomínios, somados a R$ 65,3 milhões do governo federal, equivalentes a R$ 170 mil por unidade. As moradias serão destinadas a famílias com renda mensal de até R$ 2,8 mil.
A iniciativa representa um importante avanço no programa habitacional da cidade, mesmo em meio às controvérsias com a comunidade local do Castelo.