O governo de Minas Gerais, sob a gestão de Romeu Zema, utilizou R$ 382 milhões provenientes do acordo de Brumadinho para adquirir novos ônibus destinados às empresas de transporte coletivo na região metropolitana de Belo Horizonte. A decisão, embora justificada como exigência contratual, gerou debate político, especialmente envolvendo membros do Partido Novo.
A aquisição dos veículos pelo governo estadual prevê a compra de 600 novos ônibus, com contrapartida das concessionárias em adquirir outros 250 veículos. Esta medida visa renovar a frota do transporte metropolitano. Em Belo Horizonte, diferentemente, a contrapartida está relacionada à garantia da qualidade do sistema e contenção de reajustes tarifários.
O governador Romeu Zema defendeu a iniciativa: “É um passo importantíssimo para o setor, que sofreu muito na pandemia, que teve uma queda de receitas enorme e que procurava um ressarcimento que, por lei, é devido. Encontramos este formato inteligente: em vez de as empresas receberem recursos financeiros, receberam, por parte do Estado, um ativo (os ônibus) que vai melhorar a vida de quem usa o serviço público”.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) esclareceu que a compra dos ônibus integra um acordo firmado em setembro de 2024, envolvendo o Ministério Público de Minas Gerais, o Tribunal de Contas estadual e outros órgãos governamentais, enfatizando que não se trata de subsídio, mas sim de uma obrigação contratual.