Roberto Jefferson pode pegar 9 anos de prisão em julgamento do STF

Roberto Jefferson pode pegar 9 anos de prisão em julgamento do STF

Ex-deputado tem dois votos pela condenação por crimes de atentado ao exercício dos Poderes, calúnia, homofobia e incitação ao crime

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento de Roberto Jefferson, com dois votos favoráveis à condenação do ex-deputado federal a nove anos, um mês e cinco dias de prisão. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação pelos crimes de atentado ao exercício dos Poderes, calúnia, homofobia e incitação ao crime.

O processo, que está sendo julgado no plenário virtual do STF, teve início nesta segunda-feira (9) e deve ser concluído até sexta-feira (13). Além da pena de prisão, o ministro Alexandre de Moraes propôs o pagamento de R$ 200 mil em danos morais coletivos.

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) lista uma série de condutas criminosas:

* O ex-deputado teria incentivado a população a invadir o Senado Federal e a “praticar vias de fato” contra senadores
* Jefferson defendeu publicamente a explosão do prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
* Durante as investigações, ele foi preso preventivamente e, em uma ocasião, resistiu à ordem judicial atacando policiais a tiros

No seu voto, o ministro Alexandre de Moraes destacou a gravidade das condutas do réu: “O réu, ao se valer da internet para a prática dos crimes, além de conferir um alcance praticamente imensurável aos vídeos criminosos por ele publicados, também se aproveita para divulgar posicionamentos criminosos e beligerantes, causando significativos distúrbios e reiterados ataques”.

A PGR defendeu a condenação de Roberto Jefferson, argumentando que há provas suficientes dos crimes. Segundo o órgão, o ex-deputado “demonstrou aderência voluntária ao núcleo da organização criminosa” que agia para atacar instituições públicas e desacreditar o processo eleitoral.

A defesa de Jefferson contesta a competência do STF para julgar o caso e alega que as provas são ilícitas. Os advogados também apontam supostas nulidades durante a tramitação do processo e pedem a rejeição da denúncia, argumentando que não houve crimes.

O processo permanece no STF por decisão do próprio tribunal, que identificou conexão do caso com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando foram vandalizadas as sedes dos Três Poderes. Após a conclusão do julgamento, caberá recurso no próprio Supremo, independentemente do resultado.

Mais notícias no N3 News

Participe do nosso canal no Whatsapp

Imagem N3 News
N3 News
O N3 News oferece notícias recentes e relevantes, mantendo os leitores atualizados em um mundo que está sempre em constante mudança. Mais do que um portal de notícias, temos como meta ser um parceiro confiável na busca pela informação precisa e imparcial.

RELACIONADAS