PM que jogou homem de ponte em São Paulo é preso após prestar depoimento

PM que jogou homem de ponte em São Paulo é preso após prestar depoimento

Policial militar que atirou homem de ponte em São Paulo teve prisão preventiva decretada após divulgação de vídeo do incidente

O policial militar Luan Felipe Alves Pereira foi detido na manhã desta quinta-feira (5 de dezembro) após ter atirado um homem de uma ponte na zona sul de São Paulo. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça Militar após pedido da Corregedoria da PM.

A ocorrência ganhou repercussão após a divulgação de imagens que mostram o momento em que o policial levanta o rapaz pelas pernas e o arremessa do alto da ponte sobre um córrego na região de Cidade Ademar. Segundo testemunhas ouvidas pelo Estadão, a vítima não pôde receber socorro imediato após a queda.

A Secretaria da Segurança Pública determinou o afastamento de 13 agentes envolvidos na ocorrência, incluindo o PM Pereira, todos pertencentes ao 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Diadema.

Os policiais haviam registrado no sistema operacional apenas uma perseguição de aproximadamente dois quilômetros a uma moto com dois suspeitos, omitindo o arremesso do viaduto.

O caso gerou pressão sobre o secretário da Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite, mas o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) manifestou apoio à sua permanência no cargo, destacando a melhoria nos indicadores criminais do estado.

O coronel Cassio Araújo de Freitas, comandante-geral da PM paulista, declarou que a corporação já investigava o caso antes mesmo da divulgação das imagens. Em sua avaliação, trata-se de um erro “individual” e não de um problema sistêmico. “Uma instituição com 90 mil homens, que trabalha 24 horas por dia, atendendo 30 milhões de ocorrências, nós vamos ter, sim, uma taxa de falha. Nós somos seres humanos”, afirmou.

Dados da SSP indicam que a PM paulista registrou 496 mortes entre janeiro e setembro, o maior número desde 2020. O comandante-geral argumentou: “Embora você tenha essa percepção de que é sistêmico, é pontual. Se for colocar na ponta do lápis o número de ocorrências que atendemos, o número de confrontos que enfrentamos, o número de pessoas que salvamos, você vai ver que isso aí é uma taxa pequena. É claro, é uma taxa ruim, que tem uma visibilidade porque chama muita a atenção. É chocante ver uma cena como essa”.

A prisão do policial Luan Felipe Alves Pereira ocorreu após seu depoimento à Corregedoria, onde o caso continua em investigação.

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