Israel rejeitou veementemente nesta quinta-feira (5) o relatório da Anistia Internacional (AI) que acusa o país de genocídio na Faixa de Gaza, classificando o documento como “totalmente falso” e “baseado em mentiras”.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel emitiu um comunicado contundente em resposta ao relatório da AI, que analisa as ações israelenses em Gaza desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023 até julho de 2024.
A Anistia Internacional fundamentou suas conclusões em diversos elementos, incluindo declarações oficiais israelenses, imagens de satélite da destruição em Gaza e investigações in loco com habitantes locais. A organização alertou a comunidade internacional sobre o risco de cumplicidade na situação.
O conflito teve início após um ataque do Hamas em território israelense em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.208 mortes e 251 sequestros, majoritariamente de civis, conforme dados oficiais israelenses compilados pela AFP, incluindo reféns que morreram em cativeiro.
Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva militar em Gaza com o objetivo declarado de erradicar o Hamas. Segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU, as operações militares israelenses resultaram em mais de 44.500 mortes, sendo a maioria de civis.
“O massacre genocida de 7 de outubro de 2023 foi cometido pela organização terrorista Hamas contra cidadãos israelenses. Desde então, os cidadãos israelenses enfrentam ataques cotidianos em sete frentes diferentes. Israel está se defendendo… agindo totalmente de acordo com o direito internacional”, afirmou o comunicado israelense.