O IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor – Mercado) apresentou elevação de 0,12% em dezembro, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 27. O resultado representa uma aceleração em comparação com novembro, quando o índice havia registrado alta de 0,07%. Com este desempenho, a inflação ao consumidor encerrou 2024 com aumento acumulado de 4,02%.
A análise detalhada do índice revelou movimentações distintas entre os diversos grupos de despesas:
* Seis das oito classes de despesa apresentaram aceleração:
– Alimentação: de 1,01% para 1,09%
– Saúde e cuidados pessoais: de 0,16% para 0,20%
– Educação, leitura e recreação: de -0,16% para -0,02%
– Transportes: de 0,14% para 0,30%
– Despesas diversas: de 0,49% para 0,85%
– Comunicação: de 0,03% para 0,06%
* Dois grupos registraram desaceleração:
– Habitação: de -0,93% para -1,08%
– Vestuário: de 0,04% para -0,11%
Entre os itens que mais pressionaram a alta do IPC-M em dezembro, destacaram-se os cigarros (6,43%), contrafilé (7,20%), shampoo, condicionador e creme (4,11%), e frango em pedaços (3,51%). O plano e seguro de saúde também contribuíram com elevação de 0,55%.
Por outro lado, alguns itens exerceram pressão negativa sobre o índice, com destaque para a tarifa de eletricidade residencial (-4,69%), batata inglesa (-12,55%), aluguel residencial (-0,77%), condomínio residencial (-1,03%) e perfume (-2,97%).
O comportamento do IPC-M em dezembro reflete um cenário de pressões inflacionárias moderadas, com variações significativas entre diferentes categorias de produtos e serviços.