De acordo com o mais recente levantamento “Características dos Domicílios” do Censo 2022, divulgado pelo IBGE, 72,7% da população brasileira reside em casa própria, seja ela quitada, financiada, herdada ou recebida como doação. No entanto, os dados revelam uma tendência de queda neste percentual ao longo das últimas duas décadas, acompanhada por um aumento significativo no número de pessoas que optam pelo aluguel.
O estudo demonstra que a proporção de proprietários de imóveis, que chegava a 76,8% em 2000, apresentou redução consistente. Em contrapartida, o percentual de pessoas vivendo em imóveis alugados subiu de 12,3% para 20,9% no mesmo período.
* O pesquisador Bruno Mandelli Perez, responsável pelo levantamento, destaca que o fenômeno é nacional e ocorre em praticamente todas as unidades da federação, especialmente entre 2010 e 2022.
* As maiores concentrações de imóveis alugados encontram-se nas unidades federativas mais ricas, como São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal. Balneário Camboriú (SC) lidera entre os municípios com mais de cem mil habitantes, com 45,2% de imóveis alugados.
* 87% da população vive em domicílios com paredes externas de alvenaria com revestimento ou taipa com revestimento, um aumento de oito pontos percentuais em relação a 2010
* 7,6% das residências são de alvenaria sem revestimento
* 4,1% das moradias são construídas com materiais reaproveitados
O Censo 2022 também revelou melhorias significativas nas condições de moradia dos brasileiros. Metade da população reside em casas com pelo menos seis cômodos, enquanto 29,2% habitam domicílios com cinco cômodos, considerando banheiro e cozinha na contagem.
Em relação aos equipamentos domésticos e conectividade, houve um avanço expressivo. A presença de máquina de lavar roupa nos lares brasileiros saltou de 31,8% em 2000 para 68,1% em 2022. Quanto ao acesso à internet, 89,4% da população possui conexão em casa.