O general da reserva Mário Fernandes, detido pela Polícia Federal por suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022, está sob pressão familiar para realizar um acordo de delação premiada que pode ter sérias implicações para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com informações divulgadas pelo jornalista Igor Gadelha, do Portal Metrópoles, o general Mário Fernandes inicialmente demonstrou resistência à ideia de delação, mas começou a reconsiderar sua posição após recentes desenvolvimentos no caso.
A situação ganhou destaque uma semana após declarações polêmicas do advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, em entrevista à GloboNews, onde afirmou que seu cliente não seria beneficiado pelo golpe, atribuindo a responsabilidade aos militares envolvidos no caso.
Fontes próximas à investigação relatam que o general Mário Fernandes demonstrou particular incômodo com entrevistas concedidas pela defesa de outros investigados, especialmente a manifestação do advogado de Bolsonaro à jornalista Andréia Sadi.
O general Mário Fernandes foi detido em 19 de novembro no Rio de Janeiro, onde estava para participar da formatura de seu filho, capitão do Exército. Está prevista sua transferência para Brasília, onde deverá permanecer detido nas instalações do Comando Militar do Planalto.
Até o momento, não há confirmação oficial sobre a concretização do acordo de delação premiada, permanecendo como uma possibilidade em análise pelo general e sua defesa.