Ex-PRFs são condenados por morte de Genivaldo Santos

Ex-PRFs são condenados por morte de Genivaldo Santos

Três ex-policiais rodoviários federais receberam penas entre 23 e 28 anos de prisão pela morte por asfixia de Genivaldo Santos em viatura em 2022

Três ex-policiais rodoviários federais foram condenados neste sábado (7/12) pela morte de Genivaldo de Jesus dos Santos, ocorrida durante uma abordagem policial em 2022. O caso, que chocou o país, aconteceu em Umbaúba, Sergipe, quando Genivaldo foi asfixiado com gás lacrimogêneo no porta-malas de uma viatura da PRF.

A tragédia teve início quando Genivaldo Santos foi parado em uma blitz por estar pilotando uma motocicleta sem capacete. O motociclista, que sofria de esquizofrenia, tentou explicar que não usava o equipamento devido aos medicamentos que tomava.

Condenações e Penas

* Paulo Rodolpho Lima Nascimento recebeu a pena mais severa: 28 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, sendo apontado como responsável por jogar a bomba de gás e segurar a porta da viatura

* William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas foram condenados a 23 anos, um mês e nove dias de prisão por tortura seguida de morte. Noia realizou a abordagem inicial e impediu a saída da vítima, enquanto Freitas utilizou spray de pimenta

* O júri considerou como agravantes o fato dos réus serem agentes públicos e terem cometido o crime contra uma pessoa com deficiência, além de motivo fútil, asfixia e impedimento de defesa da vítima

Durante a abordagem violenta, Genivaldo foi imobilizado e agredido com xingamentos, rasteiras e chutes. Os policiais pressionaram seu tórax com os joelhos antes de colocá-lo no porta-malas da viatura, onde ativaram uma bomba de gás lacrimogêneo. Testemunhas filmaram o momento em que a vítima tentava escapar, mas era impedida pelos agentes.

A defesa dos acusados alegou inocência, argumentando que os agentes utilizaram os meios disponíveis para conter a resistência da vítima, e ainda pode recorrer da decisão do júri. A PRF informou que já havia conduzido processo administrativo que resultou na demissão dos servidores em agosto.

Em desdobramentos posteriores, a União foi condenada a pagar R$ 1 milhão em indenização por danos morais aos familiares de Genivaldo, incluindo irmãos e um sobrinho que presenciou a ação. A mãe e o filho da vítima já haviam recebido indenizações em processos separados.

Mais notícias no N3 News

Imagem N3 News
N3 News
O N3 News oferece notícias recentes e relevantes, mantendo os leitores atualizados em um mundo que está sempre em constante mudança. Mais do que um portal de notícias, temos como meta ser um parceiro confiável na busca pela informação precisa e imparcial.

RELACIONADAS