Yoon Suk Yeol ordenou retirada forçada de parlamentares

Yoon Suk Yeol ordenou retirada forçada de parlamentares

Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, ordena retirada forçada de parlamentares em tentativa de impor lei marcial

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, está no centro de uma grave crise constitucional após revelações de que ele pessoalmente ordenou a retirada forçada de parlamentares durante sua tentativa de impor lei marcial em 3 de dezembro. A informação foi divulgada por um comandante do Exército durante depoimento ao Parlamento.

O comandante Kwak Jong-geun, do Comando de Guerra Especial do Exército, revelou ter recebido várias ligações diretas de Yoon Suk Yeol na noite da declaração da lei marcial. Durante uma dessas ligações, segundo Kwak, o presidente ordenou: “Ele disse para arrombar a porta agora mesmo, entrar lá e arrastar as pessoas que estavam lá dentro”, referindo-se aos parlamentares que se reuniam para votar sobre sua ordem.

A revelação contradiz versões anteriores de oficiais militares que atribuíam a ordem de retirada dos parlamentares ao então ministro da Defesa, Kim Yong-hyun. O caso mergulhou a quarta maior economia da Ásia em uma crise sem precedentes, levantando sérias preocupações sobre um possível vácuo de poder.

Quando questionado pela Reuters sobre quem está efetivamente governando o país, o gabinete presidencial afirmou não ter “nenhuma posição oficial a oferecer”, apenas referindo-se a declarações anteriores dos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa. O Ministério da Defesa mantém que Yoon ainda é o comandante-chefe, enquanto o Ministério das Relações Exteriores assegura que os assuntos de Estado seguem os processos constitucionais estabelecidos.

Yoon Suk Yeol já se desculpou pela tentativa fracassada de impor a lei marcial, mas resiste aos crescentes pedidos de renúncia, incluindo alguns vindos de seu próprio partido. No sábado, ele declarou estar confiando seu destino legal e político ao Partido do Poder Popular (PPP), que discute sua possível saída em fevereiro e a realização de eleições antecipadas em abril ou maio.

O presidente está proibido de deixar o país e enfrenta investigações criminais por acusações de insurreição, com uma segunda votação de impeachment programada para o próximo sábado.

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