A CBF confirmou na noite de terça-feira (3 de dezembro) que a partida entre Cruzeiro e Palmeiras, programada para quarta-feira (4 de dezembro) às 21h30 no Mineirão, será realizada com portões fechados. A decisão foi mantida após tentativas frustradas de negociação com a Polícia Militar de Minas Gerais para permitir a presença de ambas as torcidas.
A entidade criou uma força-tarefa na tarde de terça-feira para tentar reverter a situação junto à PMMG e ao Ministério Público de Minas Gerais. No entanto, a polícia informou não haver tempo hábil para organizar a operação de segurança necessária.
A CBF mobilizou diversos diretores, incluindo Júlio Avellar (Competições), André Mattos (Jurídico), Hélio Menezes (Governança) e Helder Melillo (Administrativo), para análise do caso.
O caso teve início com um ofício do Cruzeiro SAF em 18 de novembro, solicitando que apenas torcedores do clube mandante pudessem comparecer ao evento.
A CBF recebeu a recomendação do MPMG para torcida única apenas em 29 de novembro, respondendo no dia seguinte com pedido de revisão.
Por questões de isonomia e equilíbrio técnico, considerando que o jogo do turno em São Paulo teve presença das duas torcidas, a CBF optou por vedar o acesso a todos os torcedores.
O vice-governador de Minas, Mateus Simões, manifestou-se contrário à decisão nas redes sociais, acusando a CBF de favorecer clubes de Rio e São Paulo. Ele defendeu que o pedido inicial era apenas por torcida única, não pelo fechamento dos portões.
A partida tem importância significativa para ambas as equipes: o Cruzeiro busca vaga na Libertadores de 2025, enquanto o Palmeiras mantém aspirações ao título brasileiro.
A CBF ressaltou que sua competência se limita às questões desportivas, sendo a segurança atribuição do Poder Público. A entidade enfatizou seu compromisso com a preservação dos direitos dos torcedores e a integridade da competição.