O novo filme de Walter Salles, “Ainda Estou Aqui”, estabeleceu um marco histórico ao se tornar a maior bilheteria do cinema brasileiro no período pós-pandemia. Com uma arrecadação superior a 49,1 milhões de reais e um público de mais de 2,3 milhões de espectadores desde sua estreia em 7 de novembro, o filme superou significativamente as expectativas do mercado.
A obra, adaptada do livro de Marcelo Rubens Paiva, narra a comovente história da família Paiva durante o período da Ditadura Militar brasileira. O enredo se desenvolve a partir do desaparecimento do patriarca Rubens Paiva, após seu sequestro por militares na década de 1970, focando na jornada de sua esposa Eunice na preservação da memória familiar.
O filme superou “Minha Irmã e Eu”, dirigido por Susana Garcia e estrelado por Tatá Werneck e Ingrid Guimarães, que anteriormente ocupava o primeiro lugar com uma arrecadação de 43,65 milhões de reais e 2,29 milhões de espectadores em 2023.
Além do expressivo sucesso comercial, “Ainda Estou Aqui” também tem conquistado reconhecimento crítico significativo. O filme foi premiado na categoria de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e está entre os favoritos para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Internacional. A atriz Fernanda Torres, que interpreta Eunice, está sendo considerada para uma possível indicação na categoria de Melhor Atriz Principal.
Se o filme for indicado ao Oscar, representará o retorno do Brasil à principal premiação do cinema mundial, feito não alcançado desde 2020, quando “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, concorreu na categoria de documentário.