O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu neste domingo (01/12) perdão presidencial ao seu filho Hunter Biden, de 54 anos, que enfrentava dois processos criminais na justiça americana. A decisão contradiz promessas anteriores do presidente de não interferir nos problemas legais do filho.
O indulto presidencial livra Hunter Biden de possíveis sentenças de prisão relacionadas a processos por compra ilegal de arma e sonegação de impostos, casos nos quais já havia sido condenado. Joe Biden justificou sua decisão alegando que as acusações foram politicamente motivadas.
Pontos principais do perdão presidencial:
* O indulto foi anunciado semanas antes de Hunter receber suas sentenças e aproximadamente dois meses antes do retorno do presidente eleito Donald Trump à Casa Branca.
* O perdão abrange não apenas os processos de armas e impostos, mas também quaisquer outros “delitos contra os Estados Unidos” que Hunter “tenha cometido ou possa ter cometido” entre 1º de janeiro de 2014 e 1º de dezembro de 2024.
* Joe Biden declarou: “As acusações nos casos dele [Hunter] surgiram somente depois que vários de meus oponentes políticos no Congresso as levantaram para me atacar e se opor à minha eleição”.
A decisão gerou críticas imediatas da oposição. Donald Trump, através da rede social Truth Social, classificou o perdão como “um abuso e erro judicial”. Vale ressaltar que em junho, Biden havia descartado categoricamente um perdão presidencial para seu filho durante o processo no caso da arma em Delaware, afirmando: “Eu acato a decisão do júri. Farei isso e não irei perdoá-lo.”
O caso ganhou ainda mais relevância considerando que Hunter Biden tem sido frequentemente usado por rivais políticos para atacar seu pai. Legisladores chegaram ao ponto de exibir fotos do filho do presidente seminu num hotel durante uma audiência parlamentar.
É importante mencionar que outros presidentes americanos já utilizaram seu poder de perdão em favor de familiares ou amigos próximos. Bill Clinton perdoou seu meio-irmão Roger Clinton por acusações relacionadas a drogas, enquanto Donald Trump concedeu perdão a Steve Bannon e Charles Kushner por diversos crimes.
A decisão do perdão presidencial reforça o histórico de Joe Biden em apoiar seu único filho vivo, que enfrentou sérios problemas com drogas dos quais só se recuperou nos últimos anos.