A B3, Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou o último pregão de 2024 com o Ibovespa praticamente estável, registrando 120.283 pontos às 18h11 desta segunda-feira (30), com ligeira alta de 0,01% em relação ao pregão anterior. O índice terminou o ano apenas 2% acima do valor registrado em dezembro de 2019, período que antecedeu a pandemia de Covid-19.
O principal índice da bolsa brasileira acumulou queda de 12.413 pontos em 2024, representando uma redução de 9,35%, sendo que aproximadamente 75% dessa perda ocorreu apenas nos últimos 20 dias do ano.
Destaques do último pregão:
* As ações que mais sofreram quedas foram da Aeris (31,29%), Brasken (19,20%) e Azevedo & Travassos (10,48%). Estas empresas acumularam perdas superiores a 50% no valor de suas ações durante o ano.
* Em contrapartida, as ações da Americanas registraram alta de 20,39% no último pregão, embora tenham acumulado queda de 93,19% ao longo de 2024.
Mercado de Câmbio
O dólar encerrou o último pregão do ano em queda de 0,22%, cotado a R$ 6,179. A moeda norte-americana acumulou alta expressiva de 27,36% em 2024, a maior desde 2020, quando havia subido 29,3%. Vale ressaltar que o dólar iniciou o ano cotado a R$ 4,891.
O Banco Central atuou fortemente no mercado cambial em dezembro, vendendo US$ 15 bilhões para conter o avanço das cotações, que atingiram máxima histórica de R$ 6,2679. Somente no último pregão, foram leiloados US$ 1,815 bilhão.
Perspectivas
O Boletim Focus elevou pela nona vez consecutiva a previsão do dólar para 2025, projetando uma cotação média de R$ 5,96, acima dos R$ 5,90 estimados na semana anterior. Em contraste, a LDO aprovada pelo Parlamento prevê uma taxa de câmbio média de R$ 4,98 para o próximo ano.
A B3 retomará as negociações na próxima quinta-feira, dia 02 de janeiro. Historicamente, o período de recesso dos três poderes e o ritmo mais calmo nos mercados externos tendem a favorecer altas nos fechamentos do primeiro mês do ano.