TCU exige que Petrobras apresente critérios de política de preços de combustíveis

TCU exige que Petrobras apresente critérios de política de preços de combustíveis

Tribunal determina que estatal apresente em 120 dias critérios objetivos para sua política de preços de combustíveis implementada em maio de 2023

O Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu uma determinação crucial para a Petrobras nesta quarta-feira (6), exigindo a apresentação de uma norma interna que estabeleça critérios objetivos para sua política de preços de combustíveis. A estatal terá 120 dias para desenvolver este documento, que deverá detalhar a aplicação das diretrizes da atual Estratégia Comercial do Diesel e da Gasolina (ECDG).

O ministro Jhonatan de Jesus, relator do processo, enfatizou que a “formalização de norma interna de padronização é essencial para a clareza e a segurança na execução da referida estratégia, garantindo que todos os envolvidos tenham entendimento comum dos procedimentos e critérios a serem seguidos”.

Principais Exigências do TCU:

* A Petrobras deverá detalhar minuciosamente a dinâmica e as regras do processo decisório de formação dos preços
* O documento precisará especificar as áreas responsáveis envolvidas e suas respectivas responsabilidades
* Será necessário estabelecer a metodologia para medição dos diversos indicadores
* A norma deverá definir como os processos e atividades devem ser executados

O TCU manterá o acompanhamento da política de preços da estatal pelos próximos dois anos, realizando revisões semestrais. Segundo o ministro Jhonatan, a ausência deste detalhamento “vai de encontro ao disposto em regramento da própria empresa, além de ocasionar prejuízo potencial à governança”.

A atual política de precificação, implementada em maio de 2023 durante a gestão do ex-presidente Jean Paul Prates, foi uma resposta à demanda do presidente Lula por um “abrasileiramento” dos preços e o fim da conexão direta com o Preço de Paridade de Importação (PPI).

Desde então, os reajustes tornaram-se menos frequentes, mesmo com o aumento dos preços internacionais. O último ajuste da gasolina tipo A ocorreu em julho deste ano, com aumento de R$ 0,20 por litro, enquanto o diesel não sofreu alterações em 2024, tendo sua última modificação em dezembro de 2023, com redução de R$ 0,30 por litro.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), os valores praticados pela estatal apresentam atualmente uma defasagem média entre 5% e 9% em comparação ao PPI. Em outubro, tanto o diesel quanto a gasolina mantiveram-se abaixo da paridade na maior parte do mês, com defasagens negativas atingindo 31 centavos por litro.

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