A Natura&Co apresentou um prejuízo líquido consolidado de R$ 6,693 bilhões no terceiro trimestre de 2023, em contraste com o lucro de R$ 7,024 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior. O resultado negativo é principalmente atribuído ao efeito não-caixa de R$ 6,995 bilhões, relacionado à recuperação judicial da Avon Products Inc. (API).
Fábio Barbosa, CEO do Grupo Natura&Co, explicou que “a Natura&Co está desconsolidando neste trimestre os resultados da Avon Products e de suas subsidiárias, em função do Chapter 11 voluntário anunciado em agosto de 2024. Como resultado, um prejuízo não-caixa e não-recorrente foi contabilizado em Operações Descontinuadas no trimestre, que acabou anulando o lucro líquido positivo obtido com as Operações Continuadas no período”.
* O Ebitda consolidado alcançou R$ 659,2 milhões entre julho e setembro, representando um expressivo aumento de 87,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior
* O Ebitda recorrente registrou R$ 870 milhões, um crescimento de 52% em relação aos R$ 572 milhões do ano anterior
* A receita líquida consolidada atingiu R$ 5,976 bilhões, um aumento de 17,4%, impulsionada pelo forte desempenho no Brasil e crescimento da Natura nos mercados hispânicos
* As despesas financeiras líquidas somaram R$ 171 milhões, uma redução significativa em comparação aos R$ 851 milhões do mesmo período do ano anterior
O executivo também indicou que eventuais perdas líquidas que possam impactar o resultado anual de 2023 poderão ser potencialmente compensadas pela reserva de capital, mediante aprovação dos acionistas, visando permitir que a companhia retome a distribuição de dividendos.
A empresa destacou que o crescimento da receita foi parcialmente afetado pelos ajustes da Avon na região hispânica e pela categoria Casa & Estilo, que apresentou uma redução menor em comparação ao trimestre anterior, representando uma exposição cada vez menor no percentual da receita total.