O cirurgião plástico Luís Maatz, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC/FMUSP), apresenta uma análise detalhada sobre a relação entre o sorriso e o surgimento de rugas faciais, desmistificando crenças populares sobre o tema.
“Com o tempo, há um processo natural de oxidação, quando há perda das fibras de colágeno e elastina, que sustentam os tecidos corporais. Também há os fatores externos, que acabam abreviando o envelhecimento da pele, como sedentarismo; alimentação inadequada; tabagismo; exposição solar excessiva sem uso de filtro solar; poluição; variações de peso; entre outros”, explica o especialista.
* Mito 1: Sorrir causa rugas permanentes
O Dr. Maatz esclarece que as linhas formadas pelo sorriso são majoritariamente temporárias. “Rugas mais profundas resultam principalmente de fatores como a exposição ao sol e a diminuição de colágeno com a idade”.
* Mito 2: Evitar expressões faciais previne rugas
Segundo estudos da Mayo Clinic, genética e estilo de vida têm maior impacto na formação de rugas do que expressões temporárias. O especialista ressalta que o movimento muscular facial auxilia na manutenção da tonicidade da pele.
* Mito 3: Sorrir forma mais rugas que outras expressões
Pesquisas demonstram que qualquer expressão facial repetida pode criar linhas temporárias, mas as rugas duradouras são resultado de fatores mais complexos como genética e degradação estrutural da pele.
* Mito 4: Rugas de expressão são permanentes
“Muitas rugas de expressão são dinâmicas, ou seja, aparecem apenas quando fazemos certas expressões, e não são permanentes. Procedimentos como a aplicação de toxina botulínica ajudam a suavizar essas linhas já existentes, indicando que elas não estão fixadas na estrutura da pele”, afirma Luís Maatz.
* Mito 5: Toxina botulínica previne totalmente as rugas
Estudos publicados no Brazilian Journal of Health Review indicam que, embora a toxina botulínica seja eficaz na prevenção de rugas faciais, sua aplicação preventiva ainda é tema de debate científico.