O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) realizou uma ampla operação de fiscalização em unidades de saúde de Minas Gerais, revelando uma série de irregularidades preocupantes no sistema público de saúde. A ação, conduzida entre os dias 5 e 6, inspecionou 50 estabelecimentos de saúde, expondo problemas graves na gestão e infraestrutura dos locais.
A analista de controle externo do TCEMG, Luisa Queiroz, explicou que a investigação abrangeu mais de 124 aspectos diferentes, incluindo “atendimento, medicamentos e equipamentos, como ambulâncias, por exemplo”.
* 80% das unidades fiscalizadas não possuem auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, comprometendo a segurança dos pacientes e funcionários
* Aproximadamente 30% dos estabelecimentos mantinham medicamentos vencidos em seu estoque, situação classificada como extremamente grave
* Foram identificados casos de médicos que registravam ponto sem estar presentemente no local de trabalho
* Problemas na priorização do atendimento durante a triagem foram observados em diversas unidades
No Hospital Júlia Kubitschek, localizado no Barreiro, os fiscais encontraram registros de pontos de saída assinados previamente por médicos, além da ausência de informações visíveis sobre especialidades médicas disponíveis.
Já no Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, foram constatados problemas de infraestrutura, principalmente relacionados aos banheiros, incluindo sanitários interditados e falta de acessibilidade.
O TCEMG vai emitir um relatório consolidado com todas as informações que serão acompanhadas após a conclusão da fiscalização, visando o monitoramento e resolução das irregularidades encontradas.