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A Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou recentemente quatro casos de infecção pelo superfungo Candida auris em Belo Horizonte, com outros 24 casos ainda em investigação. Este desenvolvimento tem causado preocupação entre os profissionais de saúde devido à natureza resistente do fungo e seu alto potencial de contágio.
O Candida auris é um ‘superfungo’ conhecido por sua alta disseminação e resistência a pelo menos um medicamento antifúngico. Ele pode causar uma variedade de infecções, desde superficiais na pele até casos mais graves e potencialmente fatais se atingir a corrente sanguínea.
A resistência do C. auris a medicamentos torna as infecções difíceis de tratar, afetando principalmente pacientes com saúde debilitada e comorbidades. Diferentemente de outros fungos, o C. auris pode sobreviver a temperaturas entre 37°C e 42°C, o que o torna capaz de resistir à temperatura corporal humana.
Os sintomas das infecções por C. auris variam dependendo da área afetada e da gravidade do caso. Podem incluir sinais semelhantes aos de infecções bacterianas, como febre ou calafrios. É importante notar que uma pessoa pode ser portadora do fungo sem apresentar sintomas, mas ainda assim disseminá-lo.
O ambiente hospitalar é o principal local de contágio do C. auris. Pacientes que necessitam de tubos para respiração, alimentação ou sondas estão particularmente em risco.
O primeiro caso de Candida auris no Brasil foi registrado em 2020, em Salvador. A pandemia de COVID-19 contribuiu para o surgimento do fungo no país, devido à sobrecarga dos sistemas de saúde e às dificuldades na implementação de práticas de controle de infecções.
Em Belo Horizonte, a SES-MG acredita que o superfungo tenha sido ‘importado’ da Colômbia por meio de um paciente que viajou para o país. A Colômbia tem um histórico documentado de presença do C. auris, incluindo um surto em 2016.
