O sistema eleitoral dos Estados Unidos é marcado por peculiaridades que podem resultar em situações incomuns, como a vitória de candidatos que receberam menos votos populares. Esse sistema, baseado no Colégio Eleitoral, tem sido objeto de debate e controvérsia ao longo dos anos.
O Colégio Eleitoral, estabelecido pela Constituição de 1787, foi concebido como um meio-termo entre a eleição direta pelo voto popular e a eleição pelo Congresso. Apesar das numerosas propostas de emenda ao longo das décadas, o sistema permanece inalterado.
• O Colégio Eleitoral é composto por 538 delegados, majoritariamente congressistas, funcionários e autoridades locais dos partidos. Seus nomes não aparecem nas cédulas de votação e são, em grande parte, desconhecidos do público.
• Cada estado tem um número de delegados equivalente à sua representação no Congresso: o número de membros na Câmara dos Representantes (baseado na população) mais dois senadores.
• Em 48 dos 50 estados, o candidato mais votado leva todos os votos dos delegados daquele estado. Nebraska e Maine são as exceções, utilizando um sistema de representação proporcional.
• Este sistema pode levar a resultados controversos. Como exemplo, nas eleições de 2016, Donald Trump venceu Hillary Clinton apesar de ter recebido quase três milhões de votos populares a menos.
• Um caso similar ocorreu em 2000, quando George W. Bush derrotou Al Gore com aproximadamente 500.000 votos populares a menos, mas conquistando a maioria no Colégio Eleitoral.
• Ao todo, cinco presidentes americanos venceram as eleições mesmo perdendo no voto popular, demonstrando o impacto significativo deste sistema na política americana.
• Embora raros, existem casos de delegados que votam contra a vontade popular de seu estado. Em julho de 2020, a Suprema Corte determinou que esses ‘delegados desleais’ podem ser punidos se ignorarem a escolha dos cidadãos.
• Os delegados se reúnem em seus respectivos estados em 17 de dezembro para emitir seus votos oficialmente.