A maior união sindical da Boeing fez um apelo ao recém-nomeado CEO, Kelly Ortberg, solicitando seu envolvimento direto nas negociações contratuais para pôr fim à greve que afeta cerca de 33 mil trabalhadores na Costa Oeste dos Estados Unidos. O pedido surge após a empresa cortar os benefícios de saúde dos grevistas, intensificando as tensões já existentes.
A greve, que começou em 13 de setembro, é a primeira desde 2008 e tem causado significativa interrupção na produção de três modelos de aviões comerciais da Boeing, incluindo o popular 737 MAX. Esta paralisação adiciona pressão financeira à empresa, que já enfrentava múltiplas crises ao longo do ano.
• Brian Bryant, presidente da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), expressou sua frustração com a situação atual. Ele declarou: ‘É hora de o novo CEO se envolver verdadeiramente no nível das propostas e assumir o controle de seus subordinados, que estão tendo dificuldades em tomar decisões críticas como essa’.
• Bryant também criticou a decisão da Boeing de encerrar os benefícios de saúde, afirmando: ‘Não há razão para que a questão dos benefícios de saúde não pudesse ter sido adiada para dar mais tempo às negociações’.
• As negociações entre a Boeing e o Distrito 751 da IAM, responsável pelo acordo, foram interrompidas na semana passada, sem previsão de retomada. O sindicato busca um aumento salarial de 40% e a restauração de um plano de benefício definido que foi retirado do contrato há uma década.
• A Boeing respondeu com uma oferta descrita como sua ‘melhor e última’, propondo um aumento de 30% ao longo de quatro anos e a restauração de um bônus de desempenho. No entanto, uma pesquisa entre os membros do sindicato indicou que a proposta não era suficiente para encerrar a greve.