Ricardo Pereira: ‘Ataques hackers não prejudicam apenas empresas, prejudicam vidas!’

Ricardo Pereira: ‘Ataques hackers não prejudicam apenas empresas, prejudicam vidas!’

Sendo objetivo: ataques hackers têm a ver com vidas humanas, com pessoas

Estimado leitor, seja muito bem-vindo(a) a esta coluna! É um imenso prazer e uma honra estar aqui com você novamente e fazer parte de alguns minutos do seu dia.

Iniciando essa terceira coluna, quero te convidar a entender um pouco mais sobre a seriedade dos ataques hackers e como eles prejudicam até mesmo (ou principalmente) vidas.

Sendo objetivo: ataques hackers têm a ver com vidas humanas, com pessoas.

Para você ter uma ideia, em junho desse ano, diversos hospitais em Londres (Inglaterra) tiveram seus serviços paralisados por conta de um ataque hacker. Veja só essa matéria do SecurityWeek, um importante canal de conteúdos sobre cibersegurança:

Como consequência, milhares de amostras de sangue foram descartadas e cirurgias adiadas, por dependerem de conectividade com sistemas de TI, que ficaram inoperantes por muito tempo. Um impacto muito sério, não acha?

Os hospitais afetados tiveram que pedir apoio de estudantes de medicina para tentarem minimizar os impactos em suas atividades.

Mas não para por aí, a interrupção dos sistemas de TI levou os profissionais a utilizarem papel e caneta para registrarem resultados de testes clínicos. Imagine você precisando recorrer a papel e caneta para realizar suas atividades profissionais? Para alguns negócios, essa possibilidade nem existe. Terrível situação, não é?

Além disso, essa é uma solução ruim para atividades hospitalares críticas e em larga escala, pois podem resultar em erros humanos que impactem diretamente nos resultados de tratamentos e de atendimentos emergenciais.

Imagine você em um hospital, esperando para fazer um tratamento importante ou uma cirurgia de emergência e, de repente, o hospital interrompe essa atividade crítica porque sofreu um ataque hacker; as consequências poderiam ser gravíssimas.

E é exatamente o que ocorreu com os hospitais em Londres que foram paralisados pelo ataque.

Agora entrando um pouco no tipo de ataque hacker que foi sofrido pelos hospitais, esse ataque é conhecido como ransomware.

Resumidamente, esse tipo de ataque “sequestra” (criptografa) arquivos e sistemas, impedindo o uso e funcionamento.

A liberação pelos cibercriminosos ocorre somente se a vítima pagar pelo resgate, geralmente solicitado em bitcoins.

Contudo, o pagamento não é recomendado, tendo em vista que os criminosos não são pessoas honestas, e certamente deixarão “portas” abertas para extorquirem e causarem danos novamente.

Uma outra matéria publicada no website Cybernews nos traz outras estatísticas interessantes (e preocupantes) sobre como ataques hackers (especialmente do tipo ransomware) aumentam as taxas de mortalidade em hospitais.

Veja o que falam neste trecho:

Em minha tradução livre, o trecho diz o seguinte:

“Às vezes é dito que culpar as mortes de pacientes hospitalares por ataques de ransomware é um pouco ridículo. Mas não é. Um whitepaper encontrou evidências que sugerem que as taxas de mortalidade aumentam em torno de 20%.”

Eu poderia dar mais exemplos aqui de outras situações além dessas, mas acredito que já deu para notar como ataques hackers são prejudiciais às pessoas, certo?

As consequências dos ataques hackers são inúmeras e apesar de eu ter focado neste tipo de problema mais em um ambiente hospitalar, que geralmente afeta vidas de pessoas que precisam de tratamentos e cirurgias, poderíamos falar sobre consequências reputacionais, financeiras e até mesmo em relações humanas.

Além disso, com o crescimento da digitalização das mais diversas atividades humanas e da conectividade de máquinas e dispositivos, o controle por meio de computadores e sistemas está cada vez mais presente, podendo ser afetados por ataques cibernéticos e prejudicar ainda mais pessoas.

Pense em um aeroporto, em um banco digital, em uma corretora de investimentos, em um carro inteligente, em uma casa inteligente, em uma cidade super conectada. Tudo isso já está aí, sendo passível de sofrer ações de criminosos que propagam ataques no meio digital computadorizado.

Aliás, te comento que até robô aspirador já foi vítima de ataque hacker, sendo manipulado a agir de forma maliciosa, tendo sua câmera controlada e proferindo ofensas às pessoas (outra hora te conto mais sobre isso).

E você deve estar se perguntando: como podemos nos proteger desse tipo de ameaça?

Será um assunto para tratarmos em outras colunas, mas já te digo que somente um antivírus já não é mais suficiente e você entenderá o motivo.

Sendo assim, continue acompanhando minhas colunas e descubra muito mais do fascinante mundo da tecnologia e da cibersegurança. Se informar é o que pode mudar o jogo para você, lembre-se disso.

Um abraço e até breve!

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Ricardo Pereira, colunista de Tecnologia
Ricardo Pereira
Empresário e CEO da Gestein Digital, empresa brasileira especializada em serviços de cibersegurança, consultoria e suporte de TI preventivo.

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