Prefeito de SP cobra intervenção de Lula no contrato da Enel; Silveira acusa Nunes de ‘fake news’

Prefeito de SP cobra intervenção de Lula no contrato da Enel; Silveira acusa Nunes de ‘fake news’

Ricardo Nunes pede ação do presidente para romper acordo com a concessionária de energia, enquanto ministro acusa prefeito de propagar fake news

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), fez um apelo ao presidente Lula para intervir no contrato da Enel, concessionária de energia elétrica, após um apagão que afetou milhares de residências na capital paulista e região metropolitana. O incidente, causado por um temporal na sexta-feira (11), deixou cerca de 537 mil imóveis sem energia, com a maioria dos casos concentrados na capital.

Nunes argumentou que o contrato da Enel com o governo federal possui cláusulas que permitem ao presidente intervir ou romper o acordo:

‘O contrato da Enel com o governo federal, na cláusula 4, diz que quem pode pedir a caducidade, para que esse contrato seja extinto, é a Aneel. A cláusula 10 diz que o presidente pode fazer a intervenção em uma empresa que não está cumprindo com o contrato —no caso estamos falando da Enel. Portanto, cabe ao governo federal. Na cláusula 10 está explícito.’

O prefeito criticou a inação do governo federal, afirmando: ‘O presidente da República poderia, numa única ação, fazer a intervenção nesse serviço. E até agora não fez’.

Nunes também dirigiu críticas ao ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, chamando-o de ‘fraco’ por não atender ao pedido de ruptura com a Enel. ‘Infelizmente, ele [Alexandre Silveira] é um ministro muito fraco, que, em vez de tomar suas ações e atitudes, estava na sexta-feira lá na Europa sentando com a Enel e discutindo renovação. É de uma irresponsabilidade enorme’, declarou o prefeito.

Por sua vez, o ministro Silveira rebateu as acusações, alegando que Nunes estava propagando fake news sobre o apagão em São Paulo. Ele esclareceu que o contrato com a Enel vai até 2028 e não está em discussão para renovação imediata.

Silveira destacou a falta de planejamento da Enel: ‘Por mais que você, da sua central, tenha de religar a rede, você não vai conseguir, porque é um problema físico. Você tem que ter gente para podar árvores. E usei um termo bastante contundente de que faltou planejamento [para a Enel] e beirou a burrice’.

O ministro também ressaltou que as quedas de árvores foram determinantes para a interrupção do fornecimento de energia e cobrou que o prefeito de São Paulo cuide do projeto urbanístico da cidade.

Para resolver a situação, Silveira solicitou ajuda de outras concessionárias, incluindo Neonergia, Energisa, CPFL e Light, que enviarão 400 eletricistas adicionais para auxiliar nos trabalhos de restauração da energia.

A Enel informou que 1,5 milhão de residências já tiveram a energia restabelecida, mas ainda não há previsão de retorno para os 354 mil clientes que permanecem sem luz na capital paulista.

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