Polícia Federal prende hacker suspeito de invadir sistemas da corporação

Polícia Federal prende hacker suspeito de invadir sistemas da corporação

Suspeito teria invadido sistemas da Polícia Federal e de instituições internacionais, incluindo o FBI. Prisão ocorreu em Belo Horizonte.

A Polícia Federal (PF) realizou uma operação em Belo Horizonte nesta quarta-feira (16 de outubro) que resultou na prisão de um suspeito de invadir os sistemas da própria corporação e de outras instituições internacionais.

O homem de 33 anos, conhecido na internet por vazamentos de dados pessoais de várias empresas, estaria sob investigação por duas publicações de venda de dados da PF ocorridas em 2020 e 2022. O suspeito, cuja identidade não foi revelada, teria um histórico de ataques cibernéticos que se estende além das fronteiras brasileiras.

Além da invasão aos sistemas da Polícia Federal, ele é acusado de comprometer a segurança de dados de organizações internacionais de alto perfil. Na internet, o hacker ganhou notoriedade por supostamente ser responsável por vazamentos de dados pessoais de empresas renomadas, incluindo a Airbus e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.

Sua ousadia não se limitou apenas a corporações privadas, mas também se estendeu a instituições governamentais de segurança. Um dos ataques mais audaciosos atribuídos ao suspeito foi a divulgação de dados sensíveis de 80 mil membros da InfraGard, uma parceria entre o FBI e entidades privadas de infraestrutura crítica dos Estados Unidos.

Segundo a Polícia Federal, o hacker se vangloriava abertamente na internet por esta façanha, demonstrando um comportamento desafiador perante as autoridades. A prisão foi executada como parte da operação ‘Data Breach’. O computador dele foi apreendido.

As autoridades agiram de forma estratégica para interromper as atividades do suspeito e coletar evidências cruciais para a investigação em andamento. O hacker agora enfrenta acusações graves, incluindo o crime de invasão de dispositivo informático, qualificado pela obtenção de informações, com causa de aumento de pena pela comercialização dos dados obtidos.

As investigações continuam em curso, com as autoridades trabalhando para identificar outras possíveis invasões cometidas pelo suspeito.

Melina Matos
Melina Matos
Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, com experiência de atuação em assessorias, rádio e TV.

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Melina Matos
Melina Matos
Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, com experiência de atuação em assessorias, rádio e TV.
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