A Polícia Federal (PF) e o Banco Central (BC), em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), anunciaram uma intensificação na vigilância sobre saques de valores durante o período de campanha que antecede o segundo turno das eleições. Esta medida surge após significativas apreensões de dinheiro suspeito de ser usado para compra de votos no primeiro turno.
O objetivo principal é prevenir e combater práticas ilícitas relacionadas ao processo eleitoral. As autoridades destacaram a importância de monitorar movimentações financeiras suspeitas neste período crítico.
Os órgãos envolvidos emitiram uma nota conjunta explicando os procedimentos: ‘conforme normativos vigentes, saques de pessoas físicas e jurídicas em agências bancárias acima de R$ 50 mil necessitam de comunicação prévia e formal do cliente, com 72 horas de antecedência, bem como identificação de todas as características da transação do saque, como, por exemplo, a finalidade a que se destina’.
A nota também enfatizou que ‘Todas essas movimentações continuarão a ser obrigatoriamente objeto de comunicação prévia dos bancos às autoridades competentes’. Esta medida visa garantir maior transparência e controle sobre transações de alto valor durante o período eleitoral.
Após o primeiro turno das eleições, a Polícia Federal divulgou dados impressionantes sobre suas operações de combate a crimes eleitorais. Foi relatada a apreensão de R$ 50,3 milhões em bens e valores, dos quais R$ 21,7 milhões eram em espécie. Estes números alarmantes justificam a intensificação das medidas de vigilância.
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, expressou sua preocupação com as apreensões: ‘É preocupante para todo mundo. Mas nós não tínhamos antes desta eleição dados concretos sobre dinheiro. Daqui para frente vamos nos esmerar, Ministério Público e o Judiciário para cada vez mais a gente ter dados’.