ONU pede financiamento público para combater mudança climática

ONU pede financiamento público para combater mudança climática

Simon Stiell, secretário-executivo da UNFCCC, destaca importância de recursos governamentais na luta contra alterações climáticas antes da COP29

A Organização das Nações Unidas (ONU) enfatizou a necessidade de utilizar principalmente dinheiro público para combater e adaptar-se às mudanças climáticas. Esta declaração foi feita por Simon Stiell, secretário-executivo da agência da ONU para a mudança climática, referindo-se especificamente aos países desenvolvidos. O anúncio ocorre às vésperas da COP29, a Conferência da ONU sobre a Mudança Climática, que acontecerá de 11 a 22 de novembro em Baku.

A COP29 terá como foco principal estabelecer uma nova meta de financiamento para ações climáticas, conhecida como NCQG (New Collective Quantified Goal on Climate). Este novo objetivo substituirá a meta estabelecida em 2009, que previa uma contribuição anual de 100 bilhões de dólares dos países ricos para os países em desenvolvimento.

• Simon Stiell enfatizou a importância do financiamento público neste contexto. ‘Não me compete pré-julgar a forma desta nova meta. Mas é claro que o financiamento público deve estar no centro do sistema’, declarou o secretário-executivo da UNFCCC.

• Ele também destacou a necessidade de tornar o financiamento mais acessível e benéfico para os países que mais necessitam. ‘A maior parte possível deste financiamento deve ser concedido na forma de subvenções ou empréstimos concessionais e deve ser mais acessível àqueles que mais precisam’, insistiu Stiell.

• A discussão sobre o novo pacote de financiamento enfrenta desafios significativos. Há divergências sobre o montante total, o que será incluído e quem deverá contribuir. Os países desenvolvidos argumentam que seus recursos orçamentários são limitados e que o financiamento público deve ser apenas uma parte do total.

• Além disso, há um debate sobre a inclusão de novos países contribuintes, como China e Coreia do Sul, que atualmente têm capacidade financeira para participar.

• Stiell abordou esta questão, afirmando: ‘A questão-chave de quem paga e quanto pode ser resolvida em Baku, mas não iremos renegociar o Acordo de Paris’.

• O Acordo de Paris de 2015 já havia estabelecido diretrizes para o financiamento climático, apelando aos países desenvolvidos para liderarem a mobilização de fundos de diversas fontes.

• Stiell também enfatizou a necessidade de as instituições financeiras enviarem ‘novos sinais’ para garantir que os países em desenvolvimento tenham acesso a fundos para ação e investimento climático, evitando ‘dívidas devastadoras e custos de capital astronômicos’.

Leia mais notícias no N3 News

Imagem N3 News
N3 News
O N3 News oferece notícias recentes e relevantes, mantendo os leitores atualizados em um mundo que está sempre em constante mudança. Mais do que um portal de notícias, temos como meta ser um parceiro confiável na busca pela informação precisa e imparcial.

RELACIONADAS

Imagem N3 News
N3 News
O N3 News oferece notícias recentes e relevantes, mantendo os leitores atualizados em um mundo que está sempre em constante mudança. Mais do que um portal de notícias, temos como meta ser um parceiro confiável na busca pela informação precisa e imparcial.
Internacional