O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu compromisso de retirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU antes do término de seu mandato. A declaração foi feita durante uma cerimônia onde foram assinadas medidas para incentivar a produção sustentável de alimentos e sua distribuição para a população em situação de vulnerabilidade.
‘Acabar com a fome no Brasil e no mundo não deve ser motivo de orgulho. É obrigação moral, ética, política e humanista. Queremos trazer o humanismo de volta para a governança’, afirmou Lula durante o evento.
O pacote de ações anunciado pelo governo concentra investimentos em duas frentes principais:
O programa Alimento no Prato, que prevê a expansão de sacolões populares com preços mais acessíveis e a construção de seis novas centrais de abastecimento. Estas serão implantadas em São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia.
Além disso, o governo planeja investir R$ 1 bilhão no programa Arroz da Gente, visando aumentar a produção e estocagem do grão. A proposta é que pequenos e médios produtores interessados em produzir arroz assinem contratos com o governo, que garantirá a compra da produção.
O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), que priorizará a produção de alimentos orgânicos e agroecológicos. O governo pretende investir em pesquisa e inovação nesse setor, além de incentivar a inclusão de mulheres, indígenas e quilombolas na agricultura familiar.
Embora o governo não tenha divulgado o valor específico a ser investido no Planapo, a iniciativa demonstra um compromisso com práticas agrícolas sustentáveis e inclusivas.
Um detalhe curioso da cerimônia foi a presença inusitada de Emerson Sheik, ex-jogador do Corinthians, sentado na primeira fileira dos convidados. Lula, conhecido torcedor corinthiano, mencionou Sheik em seu discurso, agradecendo pelos gols que levaram o clube à final da Libertadores em 2012.