O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a equipe econômica a apresentar um novo desenho para o projeto de lei do programa Auxílio-Gás, alinhando-o às regras do arcabouço fiscal. A informação foi divulgada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que ressaltou a importância desta decisão para a política econômica do governo.
Haddad convocou a imprensa para comentar sobre a elevação da nota de crédito soberano do Brasil pela agência Moody’s, de Ba2 para Ba1, mantendo uma perspectiva positiva. Durante o anúncio, o ministro aproveitou para abordar outros temas econômicos relevantes.
O ministro enfatizou a flexibilidade do governo em ajustar suas políticas: ‘O presidente autorizou que nós representássemos um redesenho que caiba dentro do arcabouço fiscal. Ele reabriu essa discussão. Isso para nós é muito importante, porque às vezes pode parecer um detalhe e não é’.
Haddad reconheceu que o processo de governança não é linear, admitindo que por vezes o governo ‘tropeça, toma uma medida e revê’. No entanto, ele ressaltou a importância de manter o foco no caminho estabelecido.
Durante a viagem a Nova York na semana anterior, o ministro reforçou a Lula a importância do arcabouço fiscal. Segundo Haddad, o recente discurso do presidente no México já reflete esse diálogo: ‘Ontem, no México, se vocês observarem o discurso do presidente, ele vai muito ao encontro de tudo o que ele ouviu em Nova York, tanto das agências quanto da Fazenda’.
O ministro reiterou a necessidade de harmonização entre as políticas fiscal e monetária para a redução dos juros futuros e estabilização mais rápida da dívida pública.
Haddad concluiu reafirmando o compromisso da Fazenda com seus objetivos iniciais: ‘Nós vamos tomar as providências necessárias para que isso aconteça. Em linha com o que nós estamos falando desde o começo do governo. Mudou nada a narrativa da Fazenda sobre o que ela pretende alcançar, que é um trabalho complexo, que envolve negociação com poderes dentro do governo, mas é o caminho que está traçado’.