O líder do grupo xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, morto em um bombardeio israelense em Beirute no dia 27 de setembro, foi sepultado secretamente. A decisão de enterrar o corpo em um local não divulgado foi tomada por receio de possíveis ataques de Israel contra o funeral e o túmulo do dirigente.
Uma fonte próxima ao Hezbollah, citada pela agência AFP, declarou: ‘Hassan Nasrallah foi sepultado temporariamente, até que as circunstâncias permitam um funeral público’. Esta medida reflete a tensão crescente entre o grupo xiita e Israel.
• O Hezbollah tentou, sem sucesso, obter garantias dos Estados Unidos de que Israel não atacaria uma cerimônia fúnebre para Nasrallah. Um oficial libanês confirmou essa informação, destacando a preocupação do grupo com possíveis ações israelenses.
• Em Teerã, capital do Irã e principal financiador do Hezbollah, uma multidão se reuniu na mesquita Imã Khomeini para uma cerimônia em homenagem a Nasrallah. O evento foi liderado pelo guia supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, que apareceu no templo com um fuzil ao seu lado.
• Khamenei, que não comandava as orações de sexta-feira desde janeiro de 2020, afirmou durante a cerimônia: ‘A luta do Hezbollah contra o regime sionista foi de vital importância para os países da região, e o fato é que o regime israelense não pode infligir danos sérios ao Hamas ou ao Hezbollah’.
• O Hezbollah ainda não anunciou oficialmente seu novo líder, embora rumores apontem para Hashem Safieddine, primo de Nasrallah. Curiosamente, Safieddine era o principal alvo de um bombardeio israelense recente no sul de Beirute, reduto do grupo xiita.
• Israel também reivindicou a morte de Mohammad Rashid Sakafi, responsável pelas redes de comunicação do Hezbollah, em um ataque em Beirute. Além disso, as autoridades israelenses ordenaram a evacuação de 35 localidades no sul do Líbano, sinalizando a possibilidade de novos bombardeios na região.