Dois empresários foram detidos na Bahia, suspeitos de sonegar R$ 35 milhões em impostos. A operação, conduzida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), revelou um esquema sofisticado de ocultação de bens e valores através de familiares e laranjas, envolvendo um grupo empresarial do setor de mineração, beneficiamento, indústria e comércio de minerais.
A investigação culminou na execução de quatro mandados de busca e apreensão na Bahia e em Minas Gerais, embora as cidades específicas não tenham sido divulgadas. O grupo empresarial, cujo nome foi mantido em sigilo, é acusado de práticas fraudulentas relacionadas ao ICMS.
As autoridades descobriram que o grupo utilizava métodos elaborados para reduzir ilegalmente suas obrigações fiscais. Uma das táticas empregadas era a entrada fictícia de mercadorias ou serviços que não eram efetivamente prestados, além da inserção de dados falsos nos documentos fiscais.
Outro aspecto do esquema envolvia o não recolhimento do ICMS declarado mensalmente. As empresas parcelavam as dívidas apenas para simular regularidade com o fisco, mas nunca quitavam os valores, resultando em um acúmulo contínuo de débitos ao invés de sua amortização.
A operação destaca a complexidade e a escala das fraudes tributárias no setor empresarial, revelando como grupos organizados utilizam métodos sofisticados para evitar o pagamento de impostos, prejudicando significativamente a arrecadação estadual.